Escrito por: Helena
Publicado 17/09/25, por Helena
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Descoberto em 10 de outubro de 1846 pelo astrônomo britânico Willian Lassel, somente 17 dias depois da descoberta de Netuno.
Tritão, a maior lua dentre as 13 de Netuno, com um diâmetro de 2.700 quilômetros, é incomum pois é a única lua do nosso Sistema Solar que orbita na direção oposta à de seu planeta - conhecida como órbita retrógrada.
Cientistas acreditam que Tritão tenha sido capturado pela gravidade de seu planeta, há milhões de anos, sendo originalmente um objeto do Cinturão de Kuiper. Apresenta também semelhanças com PlutãoPlaneta Plutão , o planeta mais conhecido do Cinturão de Kuiper.
Tal qual nossa lua, Tritão está em rotação sincronizada com NetunoPlaneta Netuno - ou seja, um de seus lados está, a todo tempo, voltada para o planeta. Porém, devido a sua inclinação orbital incomum, ambas regiões polares se revezam voltadas ao Sol.
Imagens de sondas espaciais mostram que a lua tem superfície craterizada reduzida, com planícies vulcânicas lisas, montes e fossos arredondados formados por fluxos de lava fria. Tritão se baseia em uma crosta de nitrogênio congelado sobre um manto gelado, acreditando-se cobrir um núcleo de rocha e metal. Tem uma densidade cerca de duas vezes maior que a da água. Esta é uma densidade maior do que a medida para quase quaisquer outros satélites de planetas externos. Europa e Io têm densidades maiores. O quê implica que Tritão contém mais rocha em seu interior do que os satélites gelados de Saturno e Urano.
A fina atmosfera de Tritão é composta principalmente de nitrogênio com pequenas porções de metano. Tal atmosfera provavelmente se origina de sua atividade vulcânica, que é impulsionada pelo aquecimento sazonal causado pelo Sol. Além da Terra, Tritão, Io e Vênus são os únicos corpos vulcânicos do sistema solar que se sabe serem vulcanicamente ativos atualmente.
Tritão, um dos objetos mais frios do nosso sistema solar, é tão frio que a maior parte do nitrogênio em sua composição se condensa como gelo, dando à sua superfície um brilho glacial que reflete 70% da luz solar que o atinge.
A Voyager 2 da NASA — a única nave espacial a sobrevoar Netuno e Tritão — encontrou temperaturas de superfície de -235 graus Celsius (-391 graus Fahrenheit). Durante seu sobrevoo em 1989, a Voyager 2 também descobriu que Tritão possui gêiseres ativos, tornando-a uma das poucas luas geologicamente ativas do nosso sistema solar.
Até a descoberta da segunda lua do planeta, Nereida, em 1949, Tritão era comumente conhecido simplesmente como "o satélite de Netuno". Tritão recebeu seu nome em homenagem ao filho de Poseidon ( deus grego comparável ao Netuno romano).