publicado em 16/01/2025, por Ruan
Lançado pela NASA em 2009, representou um marco na exploração do espaço, especialmente no estudo de exoplanetas. Sua missão principal foi a de identificar planetas fora do nosso sistema solar, chamados exoplanetas, usando a técnica de trânsito. Durante sua operação, o Kepler contribuiu significativamente para a descoberta de milhares de exoplanetas, muitos dos quais em zonas habitáveis, aumentando o entendimento sobre a potencial existência de vida em outros sistemas estelares.
Data de Lançamento: 7 de Março de 2009
Local de Lançamento: Cabo Canaveral
Abordo do Foguete: Delta II
Órbita: Ponto de Lagrange 2 ou L2
Distância da Terra: 1,5 Milhão de KM
Nome
Nomeado em homenagem ao astrônomo Johannes Kepler, foi projetado para observar uma grande e ampla quantidade de estrelas em busca de exoplanetas. Ele representou o começo de uma nova era na astronomia, permitindo aos cientistas estudar a formação de sistemas planetários e ampliar a compreensão sobre a diversidade de exoplanetas que existem na Via Láctea.
Características
O Kepler possuía um telescópio de 0,95 metros de diâmetro, equipado com um sofisticado conjunto de câmeras de alta resolução, capazes de monitorar um campo de visão de aproximadamente 115 degraus quadrados. Este campo de visão cobria cerca de 1/400 da totalidade do céu e continha mais de 150.000 estrelas. A principal missão do telescópio era detectar exoplanetas através da técnica de trânsito.
Órbita
O Kepler estava posicionado em uma órbita heliocêntrica, ou seja, ao redor do Sol, a cerca de 1,5 milhões de quilômetros da Terra, no ponto de Lagrange L2. Esse ponto de equilíbrio gravitacional permitia que o telescópio estivesse relativamente distante da Terra e da sua interferência, além de garantir uma visão estável e contínua das estrelas observadas. A órbita no L2 também minimizava a interferência da luz solar e das emissões térmicas da Terra, garantindo melhores condições de observação.
Observações
Durante sua missão, o Kepler fez observações importantíssimas, como a detecção de exoplanetas em zonas habitáveis, onde as condições poderiam ser adequadas para a presença de água líquida. O Kepler descobriu mais de 2.600 exoplanetas confirmados, além de milhares de candidatos a exoplanetas. Entre os mais conhecidos estão:
Um planeta oceânico orbitando a zona habitável, onde a temperatura da estrela é adequada para ter água líquida. Tem 2.1x o raio da terra, com um período orbital de 289,9 dias.
É um exoplaneta com características semelhantes ao planeta Terra. 1,17x o raio da terra, com um período orbital de129,9 dias.
Chamado de "primo da Terra", o kepler-452b é um exoplaneta com uma estrela parecida com a nossa, orbita na zona habitável, em uma distância de 1.046 UA. Tem 1,63x o raio da Terra, e um período orbital de 384,8 dias.
Missão prolongada
Em 2013, a missão Kepler foi interrompida após uma falha em um dos seus giroscópios. No entanto, foi reorientada para uma nova chamada K2, onde o telescópio foi adaptado para observar diferentes regiões do céu em períodos mais curtos.
Fim da missão
Em Outubro de 2018, a NASA anunciou o fim da missão devido a falha do segundo giroscópio.